A 'elite' brasileira, após séculos de se locupletar do
trabalho escravo, queria que D. Pedro II a recompensasse pela libertação dos escravos.
É uma gente ruim que nunca pensou que deveria recompensar os escravos por todo
o mal que causou aos negros. Sempre se preocupou com seus interesses
particulares, não moveu um dedo para tornar o nosso país mais igual e
desenvolvido e se acha no direito divino de sugar toda a riqueza nacional.
Emanuel Alencar
RIO — Nascida e criada no sopé do Morro Dois Irmãos, na Chácara do
Céu, Zona Sul do Rio, a doméstica Márcia Correia dos Santos, de 42 anos,
viu-se subitamente sem teto. Convidada a se retirar da casa onde vivia
com o marido e os filhos Edson e Talita, foi morar na casa do patrão, no
Vidigal, há um mês. Márcia pagava R$ 200 de aluguel à irmã, dona do
imóvel. Com a procura de estrangeiros por morros pacificados, a
proprietária planeja alugar o local por R$ 700. Só que o imóvel nem
deveria estar de pé, pois foi interditado pela prefeitura em maio de
2010, por risco de deslizamento. A três meses do verão — e das
enxurradas da estação —, histórias como a de Márcia não são raras.
Segundo dados do Departamento de Recursos Minerais (DRM-RJ) e de
prefeituras, obtidos com exclusividade pelo GLOBO, oficialmente 207.547
pessoas vivem em encostas de alto risco nos 92 municípios do estado. Um
número equivalente ao de moradores da Ilha do Governador. Em números
absolutos, a capital vem em primeiro no ranking do perigo, com
aproximadamente 100 mil pessoas morando em encostas ameaçadas de
deslizamento.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/rio-tem-207-mil-pessoas-vivendo-em-encostas-com-risco-de-desabar-9924414#ixzz2egEC8RRR
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