Estudo comprovou maior incidência de câncer e morte em ratos alimentados com transgênicos; produto amplamente utilizado no Brasil foi liberado em 2008, com base em estudos de curto prazo
O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) assinou
junto a outras entidades um ofício de urgência pedindo a suspensão da
liberação comercial do milho trangênico NK603 no Brasil após a
publicação do primeiro estudo de longo prazo sobre os efeitos do produto
no organismo. Confira a íntegra do documento.
Realizado na Universidade de Caen, na França, o estudo foi realizado ao longo de dois anos com 200 ratos de laboratório. Os ratos foram separados em três grupos, cada um alimentado de maneira diferente: apenas com milho NK603, com milho NK603 tratado com Roundup (o herbicida mais utilizado do mundo) e com milho não alterado geneticamente tratado com Roundup. Tanto o milho quanto o herbicida são propriedade do grupo americano Monsanto.
O milho em questão foi autorizado no Brasil em 2008 e está amplamente disseminado nas lavouras e alimentos industrializados. O Roundup é também largamente utilizado em lavouras brasileiras, sobretudo as transgênicas.
Os resultados revelaram mortalidade mais alta e frequente quando se consome esses dois produtos. As fêmeas desenvolveram numerosos e significantes tumores mamários, além de problemas hipofisários e renais. Os machos morreram, em sua maioria, de graves deficiências crônicas hepato-renais. O estudo foi publicado no dia 19/9 em uma das mais importantes revistas científicas internacionais de toxicologia alimentar, a Food and Chemical Toxicology.
De acordo com o coordenador do estudo, o professor Gilles-Eric Séralini, os efeitos do milho NK603 só haviam sido analisados até agora em períodos de até três meses. No Brasil, a CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) autoriza o plantio, a comercialização e o consumo de produtos transgênicos com base em estudos de curto prazo, apresentados pelas próprias empresas que requisitam o registro.
O estudo coloca um fim à dúvida sobre os riscos que os alimentos transgênicos representam para a saúde da população e revela a frouxidão das agências sanitárias e de biossegurança em várias partes do mundo responsáveis pela avaliação e autorização desses produtos.
Realizado na Universidade de Caen, na França, o estudo foi realizado ao longo de dois anos com 200 ratos de laboratório. Os ratos foram separados em três grupos, cada um alimentado de maneira diferente: apenas com milho NK603, com milho NK603 tratado com Roundup (o herbicida mais utilizado do mundo) e com milho não alterado geneticamente tratado com Roundup. Tanto o milho quanto o herbicida são propriedade do grupo americano Monsanto.
O milho em questão foi autorizado no Brasil em 2008 e está amplamente disseminado nas lavouras e alimentos industrializados. O Roundup é também largamente utilizado em lavouras brasileiras, sobretudo as transgênicas.
Os resultados revelaram mortalidade mais alta e frequente quando se consome esses dois produtos. As fêmeas desenvolveram numerosos e significantes tumores mamários, além de problemas hipofisários e renais. Os machos morreram, em sua maioria, de graves deficiências crônicas hepato-renais. O estudo foi publicado no dia 19/9 em uma das mais importantes revistas científicas internacionais de toxicologia alimentar, a Food and Chemical Toxicology.
De acordo com o coordenador do estudo, o professor Gilles-Eric Séralini, os efeitos do milho NK603 só haviam sido analisados até agora em períodos de até três meses. No Brasil, a CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) autoriza o plantio, a comercialização e o consumo de produtos transgênicos com base em estudos de curto prazo, apresentados pelas próprias empresas que requisitam o registro.
O estudo coloca um fim à dúvida sobre os riscos que os alimentos transgênicos representam para a saúde da população e revela a frouxidão das agências sanitárias e de biossegurança em várias partes do mundo responsáveis pela avaliação e autorização desses produtos.
Idec alerta sobre o assunto desde 2007
No início de outubro foi adiado o julgamento que deveria decidir
sobre uma apelação da ação proposta em 2007 pelo Idec que questionava a
legalidade do parecer técnico emanado pela CTNBio aprovando a liberação
de outro milho geneticamente modificado, o Milholl (Milho Liberty Link),
da empresa multinacional Bayer.
A decisão técnica da CTNBio que autorizou a liberação do Milholl foi objeto de recurso administrativo interposto pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), sustentando tecnicamente a contrariedade à liberação do produto geneticamente modificado em razão da precariedade da avaliação de riscos realizada.
A ação foi julgada parcialmente procedente para anular a autorização para liberação comercial no Norte e Nordeste do Brasil e determinar que a União edite a norma no que se refere aos pedidos de sigilo de informações pelos proponentes de liberação de OGMs (Organismos Geneticamente Modificados). A norma deve passar a prever o acesso completo do teor dos documentos solicitados, com exceção apenas das informações que tiverem sigilo deferido.
Ainda não há nova data prevista para o julgamento.
A decisão técnica da CTNBio que autorizou a liberação do Milholl foi objeto de recurso administrativo interposto pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), sustentando tecnicamente a contrariedade à liberação do produto geneticamente modificado em razão da precariedade da avaliação de riscos realizada.
A ação foi julgada parcialmente procedente para anular a autorização para liberação comercial no Norte e Nordeste do Brasil e determinar que a União edite a norma no que se refere aos pedidos de sigilo de informações pelos proponentes de liberação de OGMs (Organismos Geneticamente Modificados). A norma deve passar a prever o acesso completo do teor dos documentos solicitados, com exceção apenas das informações que tiverem sigilo deferido.
Ainda não há nova data prevista para o julgamento.
Matéria Extraída do site do IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor)
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Referências e Fontes:
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2012/01/16/basf-deixara-de-produzir-
transgenicos-para-europa-e-foca-no-brasil.jhtm
http://www.idec.org.br/ckfinder/userfiles/files/OficioNK603.pdf
http://www.portalnutrirse.com/transgenicos-voce-sabe-o-que-come/
http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2012/09/19/transgenicos-
matam-mais-cedo-e-causam-ate-tres-vezes-mais-cancer-em-ratos-diz-estudo.htm
http://www.cartacapital.com.br/internacional/graos-trangenicos-voltam-a-assustar-a-
europa/
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/novo-estudo-aponta-intoxica-o/
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2012/01/05/empresa-de-
alimentos-e-multada-por-omitir-transgenico.jhtm
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2012/01/16/basf-deixara-de-produzir-
transgenicos-para-europa-e-foca-no-brasil.jhtm
http://www.idec.org.br/ckfinder/userfiles/files/OficioNK603.pdf
http://www.portalnutrirse.com/transgenicos-voce-sabe-o-que-come/
http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2012/09/19/transgenicos-
matam-mais-cedo-e-causam-ate-tres-vezes-mais-cancer-em-ratos-diz-estudo.htm
http://www.cartacapital.com.br/internacional/graos-trangenicos-voltam-a-assustar-a-
europa/
http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/novo-estudo-aponta-intoxica-o/
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2012/01/05/empresa-de-
alimentos-e-multada-por-omitir-transgenico.jhtm
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