A soberania política e econômica de um país jamais será uma realidade se
não for ancorada em fatos concretos. A nossa autonomia em petróleo, por
exemplo, ainda é relativa porque precisamos importar gasolina. Só a
partir de 2016, quando as grandes refinarias ficarem prontas, e o
petróleo do pré-sal começar a jorrar em grande quantidade lá do fundo do
oceano atlântico, seremos genuinamente autônomos em petróleo, e
poderemos inclusive exportar o excedente.
Na área de comunicação, ainda falta termos nosso próprio satélite, um
fator fundamental hoje não apenas para controle e segurança do próprio
país como para ampliar a produtividade na economia através dos serviços
de telecomunicações e internet mais velozes e estáveis.
Por isso, a notícia abaixo é tão importante.
Brasil se prepara para comprar seu próprio satélite
Da RFI
Compra de satélite brasileiro mobiliza mercado da defesa
O Brasil se prepara para adquirir seu próprio satélite. O governo deve
anunciar nas próximas semanas o vencedor do contrato avaliado
inicialmente em 1 bilhão de reais que vem movimentado o mercado da
defesa. A Telebrás e a Embraer, são as encarregadas da compra através do
consórcio Visiona. Três empresas foram pré-selecionadas e estão na
disputa. São elas: a japonesa Mitsubishi Eletric Company, a
norte-americana Space Systems Lora,l que agora integra o grupo canadense
MDA, e a franco-italiana Thales Alenia Space, que adquiriu a brasileira
Omnisys, em São Bernardo do Campo.
De extrema importância estratégica, o Satélite Geoestacionário de Defesa
e Comunicações (SGDC) deve entrar em funcionamento em 2016. Ele vai
garantir a autonomia do governo brasileiro para a vigilância do
território nacional. Além das fronteiras de floresta, outra grande
preocupação brasileira é seu vasto espaço marítimo, onde, por exemplo, é
extraída a maior parte do petróleo brasileiro.
O satélite também terá funções civis. Ele vai levar Internet para todo
país, incluindo a plataforma marítima continental, aumentando a
agilidade nos negócios e trabalhando para a inclusão digital, como parte
do Programa Nacional de Banda Larga. Em entrevista à RFI, engenheiro de
armamentos e diretor adjunto do Instituto de Altos Estudos de Defesa
Nacional (IHEDN) em Paris, Robert Ranquet, explica como funciona essa
tecnologia e fala da importância da posse de um satélite próprio na era
da ciber-espionagem.
Por: Miguel do Rosário
Postado há 14 hours ago por Blog Justiceira de Esquerda
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