Chegar a SP deixa de ser prioridade para GVT
Valor Econômico - 13/09/2011 |
Sem conseguir licença para entrar na cidade de São Paulo, a GVT mudou a estratégia de expansão de seus serviços. A capital paulista saiu do topo da lista de prioridades da operadora, cujo objetivo passou a ser o crescimento em cidades do interior do país, com população entre 100 mil e 500 mil habitantes. "Mudamos um pouco o foco", afirmou ontem o presidente da GVT, Amos Genish. "O interior tem mais demanda e falta banda larga. São Paulo não é nosso foco agora." A capital paulista e a cidade do Rio de Janeiro eram os principais alvos da GVT neste ano. Nos dois casos, a operadora enfrentou mais dificuldades do que imaginava. A presença da companhia no Rio ainda é muito restrita. Em São Paulo, a operadora não consegue autorização da prefeitura para fazer o cabeamento necessário. A previsão inicial era de que a GVT chegaria à cidade de São Paulo no segundo semestre. Posteriormente, a companhia afirmou que o início de 2012 seria um prazo mais viável. Ontem, Genish evitou falar em datas. "Não temos mais previsão." De acordo com o executivo, o alvo da companhia é expandir sua rede para o interior, onde a concorrência é menor. Genish afirmou que a aprovação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) foi "uma grande notícia" para a companhia. A GVT não tem interesse em participar do programa, mas a avaliação de Genish é de que a companhia pode tirar proveito dele. O acordo firmado entre o governo e as teles prevê a oferta de acesso à internet com velocidade de 1 megabit por segundo (Mbps) a R$ 35. Segundo Genish, a GVT estuda oferecer 5 Mbps pelo mesmo preço, a partir do próximo ano. Paralelamente, a companhia dedica-se à estreia na TV por assinatura, na qual investiu R$ 650 milhões neste ano. O serviço será lançado este mês nas 16 maiores cidades em que a GVT atua e chegará, em outubro, aos demais municípios cobertos pela companhia. O serviço da operadora, batizado de GVT TV, vai usar uma combinação de duas tecnologias. A programação será transmitida via satélite (DTH), mas as opções de interatividade serão oferecidas via IPTV (sigla para TV sobre protocolo de internet). Uma dessas funções interativas será a possibilidade de o telespectador programar remotamente, por meio da internet ou do celular, a gravação de programas. A GVT é controlada pela francesa Vivendi, que é acionista da Universal. Segundo Genish, o potencial para o mercado de televisão é "muito grande no Brasil". O executivo disse que, embora seja o maior mercado de telecomunicações da América Latina, o Brasil tem baixa adesão aos serviços de TV paga se comparado aos países vizinhos. A TV paga corresponde a um terço dos investimentos programados pela GVT neste ano, de R$ 1,8 bilhão. O montante é 40% superior ao valor desembolsado em 2010. Segundo Genish, a companhia planeja investir R$ 2 bilhões ao ano até 2016. Grande parte dos recursos será destinada à expansão dos serviços a mais municípios. A operadora prevê fechar este ano com cobertura em 106 cidades e tem como meta atingir 180 até 2016. LINK http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/9/13/chegar-a-sp-deixa-de-ser-prioridade-para-gvt |
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