| Via Francisco Costa | 28 de março de 2014 11:46 |
Alô você!
Eu me chamo Álvaro Dias e sou senador pelo PSDB do Paraná.
Pertenci a chamada tropa de choque do governo FHC, também chamada de rolo compressor, porque, através de acordos escusos e compras de posições e votos de parlamentares, conseguimos fazer passar tudo o que era do interesse do nosso governo: venda das companhias de telecomunicações, venda do sistema energético, da Cia Vale do Rio Doce...
Infelizmente não tivemos tempo de vender a Petrobrás, embora tivéssemos tentado, inclusive mudando o nome para Petrobrax, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
Por isso estamos de volta, para completar o serviço.
No nosso governo fabricamos três crises, pegamos quatro empréstimos com o FMI, multiplicamos a dívida externa, tivemos uma inflação sete vezes maior do que a atual...
Também liderei a compra de votos para a aprovação da PEC que possibilitou a reeleição de FHC.
Até que foi barato, 200 mil para cada boneco.
Na minha vida privada também estou acima de qualquer suspeita: recusei-me a reconhecer uma filha que tive com uma funcionária pública.
Feito o exame de DNA tive que engolir o abacaxi e resolvi dar a parte dela na minha fortuna de 1,1 milhão, pouco, já que nunca trabalhei fora da política, sou pobre, mas não é que a danada descobriu que só três apartamentos meus, em Brasília, estão avaliados em 16 milhões, e quer me morder?
Antes eu tivesse feito o que fiz com a fazenda e os imóveis no Paraná, tivesse colocado tudo no nome de laranjas.
Agora estou liderando uma CPI contra a Petrobrás e o governo federal.
Os fofoqueiros de sempre estão dizendo que é com dupla intenção: primeiro sangrar o partido que está no poder, e a presidente, praticamente já reeleita, já que o meu candidato não sai de menos de 15% das intenções de votos, por conta do governo que fez em Minas, da boataria de vício e por ser herdeiro político de FHC, e, segundo: detonar a Petrobrás, para facilitar a privatização.
Mas isso é intriga da oposição.
Francisco Costa
Rio, 28/03/2014.
