Outro
dia, enquanto eu caminhava na Praça da Liberdade em BH, eu tava
pensando numa coisa: do trinômio “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”,
normalmente só a Liberdade é cultuada. Quer coisa mais liberal do que
essa? É a típica percepção da elite. Para os privilegiados basta a
liberdade. Afinal, o que eles querem é que o Estado não se intrometa na
vida (leia-se: nos lucros) deles. A Liberdade, como um direito
fundamental de primeira geração, concebido ainda no século XVII, útero
das revoluções burguesas, são as afirmações daquilo que o Estado NÃO
pode fazer em relação aos indivíduos. Quer dizer, tem a ver com o
direito à livre iniciativa, à individualidade, à privacidade e, lógico, à
propriedade. Os outros dois direitos fundamentais, a Igualdade e a
Fraternidade, não são alvo de muito clamor por parte desses mesmos
privilegiados que sempre rugem em defesa de suas (somente as deles)
liberdades. A Igualdade teria a ver com aquilo que o Estado DEVE
fazer em relação aos cidadãos: oferecer serviços e assegurar direitos à
saúde, educação, segurança, etc. etc. Os que já são ricos têm a
"liberdade" de comprar essas coisas, então estão dispensados da chatice
de ter de lutar por elas... Os que precisam dessa prestação estatal que
se danem. E a Fraternidade estaria relacionada àquilo que o Estado e os
indivíduos PODEM fazer uns pelos outros e pela coletividade. Tem a ver
com os direitos difusos (meio ambiente, patrimônio histórico e
artístico, etc.). Mas falar dessas coisas numa sociedade tão egoísta
como a nossa já soa até como blá-blá-blá, né? Por isso eu percebi nesse
dia, enquanto caminhava, o motivo pelo qual BH tem a Praça da Liberdade,
mas não tem uma Praça da Igualdade ou uma Praça da Fraternidade. O
próprio lema da Inconfidência (Libertas quae sera tamen) não abarcava
essa perspectiva igualitária e fraterna de sociedade. Para aqueles
inconfidentes bastava a Liberdade de fazer suas fortunas com o ouro das
Minas. O direito que eles perseguiam era apenas o direito de fazerem o
que lhes convinha sem que o Estado interferisse na vida (uma vez mais:
no lucro) deles. Ou seja, pra eles importava apenas estabelecer os
limites da atuação do Estado em relação ao indivíduo. Não por acaso,
esse movimento elitista acabou sendo alçado, por essas forças que se
encarregam de monumentalizar os eventos narrados pela nossa
meta-história, à categoria de um dos marcos fundadores da nossa nação...
A gente percebe porque essa mesma elite "inconfidente" não suporta o
Lula, né? Porque o Lula passou a mobilizar a estrutura do Estado para
darmos os passos seguintes. Não ficamos mais estagnados só na Liberdade
dos ricos. O Brasil DE TODOS passou a promover igualdade nesse país. E
sem igualdade jamais seríamos uma nação fraterna. (Como ainda não somos,
mas já deixamos de ser a selva onde só os mais fortes se salvam).
Outro
dia, enquanto eu caminhava na Praça da Liberdade em BH, eu tava
pensando numa coisa: do trinômio “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”,
normalmente só a Liberdade é cultuada. Quer coisa mais liberal do que
essa? É a típica percepção da elite. Para os privilegiados basta a
liberdade. Afinal, o que eles querem é que o Estado não se intrometa na
vida (leia-se: nos lucros) deles. A Liberdade, como um direito
fundamental de primeira geração, concebido ainda no século XVII, útero
das revoluções burguesas, são as afirmações daquilo que o Estado NÃO
pode fazer em relação aos indivíduos. Quer dizer, tem a ver com o
direito à livre iniciativa, à individualidade, à privacidade e, lógico, à
propriedade. Os outros dois direitos fundamentais, a Igualdade e a
Fraternidade, não são alvo de muito clamor por parte desses mesmos
privilegiados que sempre rugem em defesa de suas (somente as deles)
liberdades. A Igualdade teria a ver com aquilo que o Estado DEVE
fazer em relação aos cidadãos: oferecer serviços e assegurar direitos à
saúde, educação, segurança, etc. etc. Os que já são ricos têm a
"liberdade" de comprar essas coisas, então estão dispensados da chatice
de ter de lutar por elas... Os que precisam dessa prestação estatal que
se danem. E a Fraternidade estaria relacionada àquilo que o Estado e os
indivíduos PODEM fazer uns pelos outros e pela coletividade. Tem a ver
com os direitos difusos (meio ambiente, patrimônio histórico e
artístico, etc.). Mas falar dessas coisas numa sociedade tão egoísta
como a nossa já soa até como blá-blá-blá, né? Por isso eu percebi nesse
dia, enquanto caminhava, o motivo pelo qual BH tem a Praça da Liberdade,
mas não tem uma Praça da Igualdade ou uma Praça da Fraternidade. O
próprio lema da Inconfidência (Libertas quae sera tamen) não abarcava
essa perspectiva igualitária e fraterna de sociedade. Para aqueles
inconfidentes bastava a Liberdade de fazer suas fortunas com o ouro das
Minas. O direito que eles perseguiam era apenas o direito de fazerem o
que lhes convinha sem que o Estado interferisse na vida (uma vez mais:
no lucro) deles. Ou seja, pra eles importava apenas estabelecer os
limites da atuação do Estado em relação ao indivíduo. Não por acaso,
esse movimento elitista acabou sendo alçado, por essas forças que se
encarregam de monumentalizar os eventos narrados pela nossa
meta-história, à categoria de um dos marcos fundadores da nossa nação...
A gente percebe porque essa mesma elite "inconfidente" não suporta o
Lula, né? Porque o Lula passou a mobilizar a estrutura do Estado para
darmos os passos seguintes. Não ficamos mais estagnados só na Liberdade
dos ricos. O Brasil DE TODOS passou a promover igualdade nesse país. E
sem igualdade jamais seríamos uma nação fraterna. (Como ainda não somos,
mas já deixamos de ser a selva onde só os mais fortes se salvam).
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