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terça-feira, 3 de maio de 2016

INN - Alunos de medicina dos EUA passarão período em Cuba como parte do currículo 15


Washington, 28 Out 2015 (AFP) - Estudantes de medicina da Universidade Estadual de Michigan (MSU), no norte dos Estados Unidos, poderão fazer parte de seu programa acadêmico em hospitais de Cuba a partir de abril de 2016, afirmou nesta quarta-feira o centro de ensino superior.

"Após a restauração das relações diplomáticas (...) a Universidade de Michigan [MSU] é a primeira a solidificar um acordo com as autoridades cubanas para desenvolver um novo curso para os nossos alunos, que conta para seu currículo acadêmico", anunciou em seu site oficial.

A intenção do programa é que os estudantes americanos "estejam expostos a um sistema de saúde que tem sido líder na identificação dos fatores sociais sobre as doenças e na prevenção quando se trata de saúde pública", afirmou a Universidade de Michigan (MSU).

Assim, os alunos "vão aprender sobre medicina comunitária", obstetrícia, ginecologia, pediatria e cuidados geriátricos, explicou.

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http://educacao.uol.com.br/noticias/2015/10/28/alunos-de-medicina-dos-eua-passarao-periodo-em-cuba-como-parte-do-curriculo.htm

quarta-feira, 23 de março de 2016

INN - Polícia Federal marca depoimento de ex-amante de FHC para abril

A Polícia Federal marcou para o dia 7 de abril o depoimento da jornalista Mirian Dutra, que teve um relacionamento extraconjugal com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nos 1990. O depoimento será realizado em São Paulo.
Mirian Dutra afirma que FHC pagou parte de despesas dela e do filho, Tomás, no exterior, através de uma empresa que era concessionária do governo. A Polícia Federal abriu, no dia 26 de fevereiro,  inquérito para apurar as declarações de Mirian.
De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, esta empresa seria a Brasif S.A. Exportação e Importação. Segundo Mirian, a transferência foi feita por meio da assinatura de um contrato fictício de trabalho, celebrado em dezembro de 2002 e com validade até dezembro de 2006.
A Folha afirma que em um documento, aparece como contratante a Eurotrade Ltd., empresa da Brasif com sede nas Ilhas Cayman.Do JB
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segunda-feira, 7 de março de 2016

INN - ELE VOLTOU !!! - Via Mídia Ninja

Foto: Mídia NINJA

Ele Voltou

por Sato do Brasil, especial para os Jornalistas Livres
Nos meus tempos de ZN, um dia conheci o Centro Cultural São Paulo, na Vergueiro. Achei o máximo. Aí, conheci o MASP. Foi a glória. Sentei na frente de um quadro e redesenhei numa folha de papel. Soube pela minha professora que era de um tal de Van Gogh. Conheci a arte. Atravessei a ponte e cheguei no centro. Conheci a cidade. Vivenciei a noite e fui trabalhar num bar. Conheci Itamar Assumpção, Chico Cesar, Gigante Brasil, Edu Rocha, os irmãos Nardo. Conheci Paulo Freire, Julio Dojcsar, Silvana Marcondes, Jards Macalé, Jorge Mautner. Um mundo novo. Arte verdadeira, engajamento politico, pensamento coletivo. Conheci e criamos a casadalapa. Conheci o movimento estudantil. Me envolvi. Conheci Orlando Silva, a família Petta. Passei a acreditar que podemos mais. Que somos atores dessa grande tragédia e comédia humana. Que estamos no volante de nossos destinos. Conheci Erundina num restaurante da Vila Mariana, Marina num aeroporto em minha primeira viagem para o exterior. Conheci Haddad na CasaRodante e Dilma em sua campanha de reeleição. Faltava um cabra.
Ontem foi o dia que conheci o Lula. Já tinha visto ele de longe na Paulista logo depois da aclamação do primeiro presidente operário desse País. Ouvi seu discurso atentamente. Mas enxergava um ponto perdido em meio a fumaça, serpentina, confete e carnaval. Ontem, não. Fiquei próximo ao palco da quadra do Sindicato dos Bancários durante todos os discursos. Estava exausto. O dia foi cansativo a valer e meu joelho atropelado me dizia que estava precisando de descanso. Nessa hora, ouvi que ele viria. Resolvi ficar ali, no meio da multidão e do calor que sempre me enche de suor e sede.
Chegou a hora. Como numa plateia dos Beatles, a geral explodiu em êxtase e desespero. Gritaria, empurra-empurra, pisões em dedos mindinhos, celulares nas cabeças alheias, lágrimas e barulho. Muito barulho. O dono da bola pediu silêncio como uma simples anedota de um domingo de festa familiar. E o silêncio se fez.
Foto: Mídia NINJA
Olhei pra ele, pro cara, pro homem, pro chefe. Mas vi um velhinho, baixinho, barriguinha saliente, a dor estampada no seu rosto, o cansaço visível. Um senhor frágil, às portas de um desmaio ou de um tchau de desistência. Começou a falar. A voz rouca e falha me deixou mais preocupado ainda. Buda meu, toda aquela força que já vi pelos monitores que passaram pela minha vida, discursos inflamados, a minha dorsal em completo frisson, onde estaria? Onde estaria todo o poder do mentor de uma mudança que vi com meus próprios olhos? O cara que transformou um País? Onde estaria?
Então, o cabra começou a falar. A voz rouca e frágil foi se repetindo como um mantra. Uma reza. Oração. E todos com seus espíritos. Falou sobre indignação e respeito. — É verdade…, comentou baixinho alguém por perto. Lembrou da sua caminhada, da campanha difamatória da TV Globo na disputa com Collor. Lembrou do jogo de esconde-esconde do FHC. E veio. Água mole em pedra dura…
A voz foi ganhando força ou eu mesmo deixei que a força daquela voz entrasse em meus ouvidos. E falou das pessoas do andar de baixo, dos degraus conquistados. Negros, índios, domésticas, a periferia. — O Nordeste, Lula!, gritou uma senhora ao meu lado. Eu mesmo pude conhecer nos rincões do Ceará, da Bahia, de Goiás e do Amazonas um brasileiro de peito aberto, certo de sua história, sua cultura, sua importância. As conquistas. Um governo pra todos. Lembrou que trabalhador teve aumento todo ano, aposentado, todo mundo. Também ganhou o banqueiro, ganhou o empresário. Ah, Lula, banqueiro e empresário? Mas se o governo era pra ser de todos, todos tinham que ser, ou não?
Foto: Mídia NINJA
E ele falando, falando, pareceu mais magro, mais alto. Seus cabelos completamente brancos, em vez de velhice, agora me pareciam brancos de sabedoria e experiência e sua voz cada vez mais forte, mais contundente. Falou do pobre ocupando shopping, comendo hamburger, frequentando teatro, cinema. –Aí, mexeu com nós! Outro respondeu. Falou do pobre chegando no Parque do Ibirapuera, andando de avião. — Avião, avião! Surgiu num coro. Meus braços já estavam cansados, levantados para fotografar no celular uma imagem potente. Mas ele continuou falando. Falou que pobre agora podia escolher onde ir, onde estar. Falou que o pobre não era um problema, que pobre virou a solução! Nessa hora, não segurei. Lula, seu fela! Me fez chorar, porra! Eu sabia. Era aquela voz, aquela oração, aquele mantra.
Fotos: Sato do Brasil para Jornalistas Livres
E quanto mais eu ficava cansado, mais forte o cabra ficava. E sua voz, que antes me parecia frágil, agora gritava impávida, sobre histórias incríveis. Falou alto do desgosto da elite quando o Estado começou a emprestar cinquenta reais pra pobre comprar arroz, feijão, carne, e falou do desgosto da elite aumentando vendo esses empréstimos gerando emprego, arrecadação e investimento. Gritou sobre um país de futebol e carnaval que elegeu um torneiro mecânico e se tornou independente dos cofres internacionais, de um governo que criou 22 milhões de empregos, com aumento real de salário, de um governo que construiu mais universidades que qualquer outro. Gritou sobre a vontade alheia do seu fracasso. Gritou sobre suas companhias na jornada, os sem terra, os sindicatos, a CUT, os catadores de papel, as mulheres. — Não chora, não! Alguém pede. Mas ele chorou. Humanos choram também. Assim mesmo, continuou. Berrou sobre um Palácio e seus moradores diários. E que ele era o outro, e o outro era ele.
Foto: Mídia NINJA
Eu já exaurido, agora sua voz chegava mansa e tranquila. Falou baixinho de sua ignorância, seu desconhecimento, mas falou também de seu poder de escutar o que se precisava ouvir. Falou de quem não tinha luz e agora tem, de quem não tinha onde vender e agora tem, falou de quem não tinha crédito e agora tem. Cochichou sobre a primeira mulher presidenta do País. E mais, sobre o preconceito contra as mulheres, uma sociedade machista e a luta para combater tudo isso. E soprou sobre o absurdo de um retirante que chegou à Presidência da República e foi considerado “o cara”.
Quando tudo chegou ao fim, olhei de novo para o palco e vi um gigante. Um gigante ferido pela batalha em curso, mas com uma guerra a vencer. Um guerreiro criado no pau a pique e que junto a seu exército de fortes, ainda tem muito sangue a jorrar um País governado por todos.
Foto: Mídia NINJA
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https://medium.com/@jornalistaslivres/ele-voltou-887014347440#.b0pskzly8

HOJE É DIA DE QUE ?

Leia mais: Hoje é dia de que? • A arte da vida. Apon HP http://www.aponarte.com.br/p/hoje-e-dia-de-que-e-amanha_09.html#ixzz1wksZSqx1 Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

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